quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Projeto Formação Cidadã oferece oficinas gratuitas de jardinagem, ecologia e arte urbana em Salvador

A partir de março, as comunidades do Engenho Velho de Brotas e do Gantois têm acesso à segunda fase de oficinas gratuitas, de cinco meses, em áreas verdes de seus bairros, como parte do projeto Formação Cidadã e Portal dos Canteiros Coletivos

Salvador, 6 de fevereiro de 2014 – Estão abertas até 15 de fevereiro as inscrições online para a segunda fase de oficinas gratuitas de Jardinagem, Ecologia e Arte Urbana nos bairros do Engenho Velho de Brotas e do Gantois, na capital baiana, com duração de cinco meses. O objetivo é possibilitar a moradores, comerciantes e lideranças uma nova relação com o espaço público e instigá-los a se compreender também como gestores das áreas verdes de seus bairros.
A iniciativa faz parte do projeto Formação Cidadã e Portal dos Canteiros Coletivos, criado pelo movimento Canteiros Coletivos em parceria com o Instituto de Permacultura da Bahia (IPB), com apoio do Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi, por meio do programa Oi Novos Brasis.
Com um ano de duração, a proposta do projeto é dar continuidade à recuperação das áreas verdes iniciada em julho de 2012 pelo movimento Canteiros Coletivos, em parceria com instituições e moradores desses espaços. Além disso, a iniciativa  criou o Portal dos Canteiros Coletivos (www.canteiroscoletivos.com.br), um espaço virtual de trocas de experiências reais entre gestores e cidadãos de áreas públicas verdes urbanas.

Nova fase de oficinas e voluntariado

Iniciada em setembro, a primeira etapa do projeto, que se encerra em meados de fevereiro, já contou até agora com a participação de 150 educandos nas três oficinas, que proporcionaram aulas teóricas e práticas de jardinagem e paisagismo (técnicas de plantio e poda, plantas adequadas para áreas urbanas, cuidados com o solo, plantas floridas e frutíferas e reprodução de mudas), de ecologia (hortas urbanas, plantas alimentícias em áreas urbanas, espiral de ervas, plantio de sementes) e de arte urbana (pintura de muros e painéis com técnica mista de tinta acrílica e grafite e reaproveitamento de objetos descartados).
Na segunda etapa de atividades, que se inicia nos dias 8 e 9 de março, no Solar e no Gantois, respectivamente, o projeto almeja atender novos educandos nas oficinas de jardinagem, ecologia e arte urbana. E continuar com educandos da fase anterior para que repliquem seu aprendizado aos novos participantes.
Outra oficina que faz parte da proposta, iniciada em janeiro de 2014, é a de Tecnologia da Informação e Comunicação & Liderança, com seis meses de duração.  Seu objetivo é fazer com que os próprios alunos do projeto registrem experiências na recuperação de áreas públicas no Portal, incluindo noções de produção de textos, fotos, vídeos e podcasts - captados através de aparelhos smartphones conectados à internet.
Além de contar com alunos selecionados em cada comunidade, a cada novo fim de semana de oficinas são abertas no Portal inscrições para voluntariado universitário. “A ideia é fazer com que alunos de diversos cursos experimentem seus aprendizados além dos muros da universidade”, afirma Débora Didonê, coordenadora do projeto.
A ficha de inscrição online pode ser encontrada em www.canteiroscoletivos.com.br. Para mais informações, escreva para contato@canteiroscoletivos.com.br.

Sobre os Canteiros Coletivos

O movimento Canteiros Coletivos é uma iniciativa cidadã, autônoma e apartidária de recuperação de praças e canteiros abandonados da cidade de Salvador. Sua intenção é de mobilizar moradores, comerciantes e usuários de bairros soteropolitanos para a recuperação, a conservação e o bom uso do espaço público, que é um patrimônio de todos.
Um dos principais objetivos do movimento é incentivar a recuperação de áreas urbanas esquecidas através de mutirões de limpeza, plantio e intervenção artística, transformando-as em equipamentos de fruição e geração de renda para comunidades locais. Nos mutirões, cada participante contribui com o que pode: doação de materiais, ferramentas e mudas, caronas solidárias, divulgação das ações, organização do espaço, recepção de novos participantes, registro fotográfico e em vídeo das intervenções.
Intervir no espaço público é uma forma de provocar uma cidadania mais ativa, fazendo com que todos se compreendam como atores essenciais no cuidado das áreas comuns da cidade.

Sobre o IPB

Fundado em 1992 por um grupo de profissionais liberais formados em permacultura por Marsha Hänzi, pioneira nesta prática no Brasil, o Instituto de Permacultura da Bahia (IPB) é uma associação civil de direito privado, sem fins econômicos e lucrativos. Preocupados com a preservação do meio ambiente e interessados em procurar formas de vida mais sustentáveis, seus fundadores tinham o objetivo de disseminar práticas e princípios da permacultura na Bahia e no Brasil.
Em agosto de 2012, o IPB estabeleceu uma parceria com o movimento Canteiros Coletivos para que os conhecimentos da permacultura também atingissem comunidades de áreas urbanas, principalmente no que diz respeito à disseminação de soluções sustentáveis, proporcionando qualidade de vida e convívio harmônico com a natureza, e ao estímulo e desenvolvimento do pleno exercício da cidadania por meio da educação e da educação ambiental, para melhorar a qualidade de vida da população.

Sobre o Oi Futuro

O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem.
Em 2013, o instituto aprovou através do edital Oi Novos Brasis o projeto Formação Cidadã e Portal dos Canteiros Coletivos, elaborado conjuntamente pelo movimento Canteiros Coletivos e o Instituto de Permacultura da Bahia (IPB), que decidiram se envolver mais profundamente com as comunidades do entorno dos espaços do Parque Solar Boa Vista e da comunidade do Gantois, provocando-as a tomar para si a responsabilidade de manter as áreas verdes e bem cuidadas.
A ideia é potencializar as ações nas duas comunidades, instrumentalizando-as com tecnologias sociais que permitam a manutenção das áreas verdes, as intervenções artísticas e o uso mais sustentável do espaço público em seus bairros, além comunicar e disseminar suas intervenções, gerando conteúdo online que ajude a mobilizar moradores, outras comunidades e atores interessados em reaplicar as experiências.

CONTATO:
Débora Didonê
Coordenadora do Projeto Formação Cidadã e Portal dos Canteiros Coletivos
(71) 9148-5663 - contato@canteiroscoletivos.com.br

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