sexta-feira, 25 de novembro de 2011


O Instituto de Permacultura da Bahia (IPB) realizou

CURSO MANEJO ECOLÓGICO DA ÁGUA

no Parque SÁ FULÔ

Rio de Contas –Chapada Diamantina – BA

12 a 15 de Novembro de 2011


por David Borja, Maura Pezzato, Nagoy Sol



Eu tomo esta água da vida
E a declaro água da luz
A medida que ela se torna una com o meu corpo
Ela permite ao meu corpo brilhar
Eu tomo esta água da luz
E a declaro água de Deus
Eu sou um mestre de mim mesmo!


(Oração da Água – Portal Parvati)
Amanhecer na Sá Fulô

Selva na Barragem do Rio Brumado

Durante 4 dias, na cidade de Rio de Contas na Chapada Diamantina, o Parque Sá Fulô recebeu um grupo diverso de 15 pessoas para vivenciar práticas e trocar experiências em Manejo Ecológico da Água.
Em círculo o grupo iniciou brindando com água o aqui e o agora, pedindo licença e agradecendo aos seres visíveis e invisíveis para manifestar nossa presença divina na terra, e assim, a vivência permaneceu com harmonia e as informações foram bem canalizadas.

Círculo de harmonização ao lado do Rio Brumado.

A interação do grupo fluiu na vibração natural de um rio. A busca de mudança de hábitos como as formas de usar, sentir e viver a água, assim como, os processos internos de transformação individual conduziram a vivência a um caminho do ouvir com o coração, fazer com integridade e construir com ação a realidade que sonhamos.

Grupo preenchendo a Bacia de EvapoTranspiração com a camada de terra, para posteriormente plantar com as mudas de bananas, flores, papirus, entre outras.

Bacia de EvapoTranspiração - BET, Caixa de Gordura, Filtro Biológico, Circulo de Bananeiras, Banheiro Seco, Cagabalde foram práticas de saneamento ecológico trabalhadas neste encontro. Estas práticas conectaram os participantes com a ética e os princípios da Permacultura enfatizando a importância da cooperação com o recurso Água. As águas sanitárias da pousada foram direcionadas para a BET, as águas cinzas do restaurante para vários estágios de filtros, iniciando com uma caixa de gordura, seguindo para um filtro biológico com zona de raízes, chegando em um círculo de bananeiras.


Águas sanitárias da pousada - Bacia de EvapoTranspiração


Águas cinzas do restaurante – caixa de gordura, zonal de raízes e círculo de bananeira


Banheiro seco, caixa receptora do fezes humanas com tampa de chapa metálica.

Outras atividades como Cama Elástica, Corda Bamba (slackline), Tecido, Yoga, Fogueira e conversas sobre o Sincronário Maia integraram e enriqueceram as pessoas nos momentos de descontração no espaço aconchegante do Sá Fulô.

  
Banho de Barragem no Rio Brumado, Corda Bamba (slackline) e Yoga,
algumas das atividades  oferecidas durante o curso.


Com diversidade e abundância de alimentos da região, assim como a riqueza de saberes e experiências que cada participante levou, nutrimos o corpo e a alma neste encontro de seres galácticos.

Café da manhã com alimentos da região

Como uma gota de água que cai, caminha e chega ao oceano, os participantes exploraram, cooperaram e formaram uma corrente humana e com os olhos vendados, confiantes, foram conduzidos até o rio. Finalizando e iniciando ciclos, alcançamos o propósito do curso, abrimos, juntos, a trilha de retorno aos nossos próprios oceanos.


Amanhecer na Sá Fulô

Agradecemos com amor:
Lili Dourado, anfitriã e guardiã do Sá Fulô;
Catarina Camargo, amiga e apaixonada pela terra e seus frutos, agregou com mais conhecimento nossos dias;
Querida Jéssica Sueli, madrinha, fotógrafa e parceira nesta jornada;
Martin Zucollotto e Marcella Gomez, colaboradores, servidores e harmonizadores da luz;
Andressa Magalhães, pela presença, carinho  e deliciosa aula de yoga.

A todo grupo nossa Gratidão!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

“Sistemas agroflorestais sucessionais para a recuperação de áreas degradadas”

Por Catarina Camargo

O princípio da cooperação rege a lógica dos sistemas agroflorestais. Mandioca, banana e outras espécies de ciclo mais curto criam as plantas de ciclo longo, aquelas que darão frutos no futuro, seguindo o ritmo natural de aumento de vida na terra.

Núcleo de diversidade cria abundância e continuidade para a vida.
Frequentemente observamos que o ser humano ao expandir o uso agrícola da terra, com monocultura e/ou insumos químicos, contribui para o aumento da degradação dos solos, aumento do desmatamento, assoreamento de rios, perda de biodiversidade entre outras mazelas provocadas pelo modelo de desenvolvimento agrícola. Quando um ambiente com grande riqueza e forte interação dinâmica entre as espécies da fauna e flora é alterado, inicia-se um processo de desequilíbrio junto com a simplificação do sistema. A palavra competição encontra sentido à medida que desconsideramos toda a complexa atuação da cadeia trófica, de sucessão ecológica. As leis da natureza estão sempre presentes e o observador que compreende e interage respeitando estas leis resgata seu papel participante dos ciclos, se desenvolve em harmonia com o meio, promovendo a conservação dos recursos naturais.

Estas, entre outras lições, foram discutidas durante o Curso “Sistemas agroflorestais sucessionais para a recuperação de áreas degradadas”, ministrado para um grupo de funcionários da Petrobras. O curso aconteceu no Jardim Florestal Jequitibá, em Jaguaquara, nos dias 08, 09 e 10 de novembro de 2011, propriedade do agrônomo, agricultor e instrutor Henrique Sousa.




Conhecimento teórico e prático sobre os princípios dos sistemas agroflorestais.

Durante o curso o grupo pôde conhecer as estratégias que a natureza utiliza para restabelecer os processos ecológicos e como o ser humano pode auxiliar em favor do aumento da vida. Conceitos sobre estratificação, raleamento, a importância de compreender que tudo tem uma função e que precisamos estar atentos para as sementes ao redor, foram algumas das reflexões feitas com os participantes.


Participantes da Petrobrás ao lado de um núcleo de policultivo.
  
No Jardim Florestal Jequitibá, uma áreas com 15 anos produz açaí, cacau, cupuaçu, palmito, jabuticaba, rambutão, jacas, madeira, além da imensa quantidade de matéria orgânica, fixação de carbono, água armazenada na esponja do solo. Benefícios imensuráveis integrando local de trabalho, lazer e aprendizado. Este conjunto chamado SAF – Sistemas Agroflorestais, gera renda, possibilita o convívio harmônico do homem com a natureza, anunciando uma nova forma de se fazer agricultura.
 





Manejo no Sistema Agroflorestal – SAF e colheita de aipim.

Carrossel Itinerante apresenta Contos do Mahabharatha



Data: 23 de novembro de 2011, às 19h30.
Local: Rua Fonte do Boi, 131.
Entrada franca.