A Permacultura é muito mais do que apenas um sistema de planejamento de ambientes sustentáveis - ela representa uma visão inovadora de como podemos viver integrados e em harmonia com a natureza.
Uma das principais inovações da Permacultura é o seu foco na abundância, em oposição à mentalidade predominante de escassez. Ao observar os sistemas naturais, percebemos que a natureza é intrinsecamente abundante - ela está em constante estado de cooperação para sustentar a vida. No entanto, nossa sociedade atual muitas vezes se baseia no incentivo ao consumo excessivo e na crença de que acumular mais bens materiais trará bem-estar.
A Permacultura inova ao propor um modelo radicalmente diferente, em que os ambientes humanos são planejados para trabalhar a favor da natureza, e não contra ela. Isso permite que a terra se torne cada vez mais abundante, atendendo nossas necessidades básicas de forma sustentável e com menor impacto ambiental.
Outra inovação fundamental da Permacultura é a sua metodologia de planejamento, desenvolvida por Bill Mollison e David Holmgren. Essa abordagem visa criar ambientes "sintrópicos", ou seja, locais com maior disponibilidade de energia e abundância, que dependem cada vez menos de sistemas externos. Isso incentiva a autossuficiência, outro aspecto inovador da Permacultura em um mundo de crescente escassez de recursos.
Além disso, a Permacultura inova ao focar em oportunidades, em vez de apenas reagir a problemas. A crise climática, por exemplo, é vista como uma oportunidade para recriar formas de viver mais ecológicas e regenerativas. Essa mentalidade de solução, em vez de lamentação, é uma das maiores inovações que a Permacultura pode oferecer.
Portanto, a Permacultura representa uma visão inovadora de como podemos viver em harmonia com a natureza, cultivando a abundância em vez da escassez. Ao se tornar um agente de transformação e descobrir os princípios da Permacultura, você pode fazer parte dessa jornada rumo a um futuro mais sustentável e resiliente.
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Passos importantes para o planejamento de propriedades e comunidades:
Além do potencial de cada lugar, dado pela sua natureza, levamos em consideração o propósito da(s) pessoa(s) que vai(vão) implantar o projeto, seus sonhos, sua meta de vida. Esta meta é superposta nas condições oferecidas pelo lugar, num casamento maduro, real, próspero da humanidade com a Natureza. É dever alertar a pessoa que aquela meta não cabe naquele local e convidar a encontrar a solução.
O solo, a vegetação:
- Areia ou argila?
- Vegetação vigorosa ou raquítica?
- Condição dos ecossistemas mais intactos no lugar ou na vizinhança: floresta de abundância ou sistema de acúmulo?
- Variações em topografia
- Presença de afloramentos de pedras
- Variações em vegetação
- Presença de água
- Uso de kinesiologia: intuição e imagens.
- Definir a intenção para o terreno;
- Observar os aspectos, microclimas, consultar as energias do local;
- Observar o terreno dentro do contexto topográfico maior (mapas, fotografias aéreas);
- Definir estratégias para falta de espaço:
- Usar o espaço vertical: muros, paredes, suportes;
- Usar árvores miniaturas;
- Usar hortaliças permanentes;
- Definir estratégias para o bairro: trocas entre vizinhos;
- Definir estratégias para produção contínua;
- Captar e reciclar a água em espaços pequenos.
- Definir a intenção para o terreno;
- Verificar se esta intenção cabe ao lugar;
- Conhecer o lugar sem análise, por sensações e intuições;
- Analisar a topografia, declive (mapas, fotografias aéreas);
- Analisar os aspectos (sol, vento, enchentes, fogo, etc.);
- Analisar produtos e acesso a mercados (conforme a intenção);
- Planejar em conjunto com a Natureza do lugar (pode-se utilizar o pêndulo, florais, varetas, etc;
- Definir áreas de atuação: zonas;
- Desenhar o projeto;
- Considerar a contraproposta da Natureza: o projeto como processo dinâmico.
- Definir a intenção do projeto: comunidade, condomínio ecológico, assentamento, etc;
- Planejar em grupo;
- Considerar como a colocação física determina interações sociais do projeto;
- Fazer desenho macro, usando o mesmo processo para áreas menores (“aninhamento”– o micro dentro do macro);
- Estabelecer as fases de desenvolvimento (baseado no ecossistema);
- Definir como viabilizar o projeto;
- Considerar as relações e fluxos - o segredo de um “organismo” (pessoa, comunidade, etc) saudável;
- Considerar a importância da celebração no planejamento de projetos de comunidades e ecovilas - tipos de celebrações e como organizá-las.